quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Um Sítio que faltava mencionar

Por vezes, diria até muitas vezes, passamos ao lado das" coisas" sem lhes dar o devido relevo, a atenção sublinhada que merecem na nossa memória.
Na memória individual estas coisas resolvem-se mais ou menos bem, com maior ou menor número de actos de contricção . Como este.

Assim pela importância que dou à memória colectiva, fica aqui registado o Sítio do José Matos, Estrela Cansada, e a recomendação particular para ser lida a entrada do dia 7 de Novembro.

Ao José Matos aquilo que eu espero dele é que continue tolo!

Ao fim e ao cabo ninguém gosta de se sentir sózinho ...

terça-feira, 9 de novembro de 2004


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Elaboração de Mosaicos em Astrofotografia

Parte 4

Nesta entrada vamos terminar o procedimento de Elaboração de Mosaicos recorrendo ao uso do Photoshop.

- Quarto Passo

Agora trata-se de conseguir melhorar o contraste e o brilho de cada uma das imagens, de modo a que as diferenças de tom e contraste faça com que o mosaico se “aguente” aos seus olhos, como se fosse uma só imagem original.

Para cada imagem, depois de evidenciar a “layer” respectiva no Painel das Layers, vá a “Imagem”>”Adjust” e use como achar melhor os comandos existentes, nomeadamente, levels, curves e brigthness/constrast.
Poderá de novo fazer zoom e seguir as melhorias introduzidas, nomeadamente, no que diz respeito ao desvanecimento das zonas de “costura”.

Perceberá facilmente que é neste ponto do processo que tudo o que fez no momento do registro se torna agora importante. Pelo menos, foi aqui que definitivamente me apercebi que não arranjarei colocação na equipa de tratmento de imagem do Hubble,
Space Telescope Science Institute.
Mesmo assim não será motivo para desistir e, pelo menos, retire do gozo da experiência e do procedimento de construção do mosaico a base para a satisfação final.

- Quinto Passo

Se chegou aquilo que considera ser o resultado final, terá agora que, em definitivo, tornar o conjunto das imagens numa só consolidando o mosaico.
Serve isto para dizer que se achar que existe espaço para mais melhorias parciais, em cada uma das layers, as deverá concluir, porque depois só poderá trabalhar sobre uma única imagem, a do seu bonito mosaico.

Já acabou? Então vá ao Painal das Layers escolha Flatten e valide essa opção.
Fácil não é? Acreditte que sim.

Para terminar, e como se estivessemos a reunir as peças de um grande puzzle, se fizer parte do seu plano, pode aproveitar a imagem composta cortá-la, aqui ou ali, e compôr com ela mais de mil mosaicos. Todo o Universo na sua tela !

Ah! Não se esqueça de salvar o seu trabalho num formato que possa ser carregado no seu e no nosso ordenador.

Boa Sorte!

Fonte: Sítio do Robert Gendler





segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Elaboração de Mosaicos em Astrofotografia

Parte 2

- Primeiro Passo

O primeiro passo poderia ser a abordagem da recolha e o processamento de cada uma das imagens, acho contudo que esse aspecto do assunto poderá ficar para outra entrada no Luzeiro, sem que o assunto particular desta parte final do processamento saia prejudicada.

Porém não me escuso a referir que os aspectos de colimação do telescópio, da visibilidade e transparência do céu, bem como do posicionamento dos alvos a registrar são particularidades que se não devem descurar, pelo que uma atempada preparação da sessão de registro se torna fundamental na apreciação do resultado final. Aliás, estas questões aqui tocadas de ligeiro, serão facilmente apreendidas se se fizer uma análise mais atenta aos trabalhos que expus anteriormente.

Para começar, resta somente dizer que os passos aqui descritos se aplicam ao programa Photoshop, sendo que cada um dos comandos usados não deverão sofrer modificações apreciaveis em função das várias versões já editadas.

Pressupondo, então, que possuimos as nossas imagens já devidamente individualizadas em quadros, deveremos escolher uma, entendida como fundo, sobre a qual todas as outras se irão posicionar.

Abra a 1ª imagem e a seguir ajuste a dimensão da moldura onde irá fazer “cair” o conjunto das imagens que irão compôr o mosaico.
Para isso, clique Image>Canvas Size.
Para além da dimensão que lhe parecer mais adequada ao futuro mosaico, deverá ainda definir qual a direcção que a colagem irá seguir, bem como as que se lhe seguirão.

Com as teclas “CRTL” e “_” poderá diminuir a dimensão aparente da moldura, de modo a que possa obter uma perspectiva abrangente da moldura.

- Segundo Passo

Abra a 2ª imagem e na barra do menú principal escolha “Select” e depois “All”.
De modo a auxiliar o desaparecimento das colagens, deverá clicar “Select>Modify”.
Este comando irá selecionar uma margem à qual se poderá atribuir um valor em pxiel. Depois de validar este comando, deverá fazer-se “Select>Feather” para que os cantos da margem se apresentem com um contorno suavizado.

Este valor da margem poderá constituir-se como a superfície de imagem que nos servirá de superfície de sobreposição sobre a imagem de fundo, mas também como desvanecimento da superfície de sobreposição numa zona que não sirva de referência para a colagem.

Elaboração de Mosaicos em Astrofotografia

Parte 3

Esta entrada trata da fase final da construção de um mosaico de imagens individuais
O conjunto dos passos e exemplos poderão ser consultados nas entradas anteriores.


- Terceiro Passo

Agora, através de “Select”>”Inverse” anule a selecção realizada antes na 2ªimagem.
Depois recorra a “Edit”>”Cut” . Não se assuste! A sua imagem não se perdeu, tendo ficado somente exposta a margem que antes definira, ela ficará guardada algures.
Volte com o apontador à moldura e clique no menu principal “Edit”>”Paste” ... Et Voilá!
Aí está de novo a sua “desaparecida” imagem, agora já no plano da moldura.
Só de pensar que aprendi o a, e, i, o, u, das cópias na primária em lousas e penas de ardósia negra, que ia limpando à custa de cuspidelas de saliva ... Fantástico!

Possuímos, então, duas layers sobre as quais poderemos trabalhar.
Convêm dizer que neste momento talvez lhe interesse analisar o contraste e o brilho de ambas as imagens.
Embora o venha a fazer depois, e como primeiro equilíbrio de cambiantes, neste momento poderá agir sobre a totalidade da imagem no brilho e contraste, de modo a actuar sobre as imagens que pretende “costurar”.

No painel das layers, e se não o activou antes pode agora fazê-lo com “View”>”Show”>”Layers”, diminua a opacidade, por exemplo, para 50%, actuando sobre o botão e cursor da caixa de opacidade no Painel das Layers.

Agora, na Caixa de Ferramentas, mude o apontador para “Move Tool”, clique sobre a 2ª imagem e arraste-a para ser sobreposta à imagem de fundo (Background).
Para um ajuste mais fino dos detalhes nas imagens que vão ser sobrepostas, pode accionar as teclas direccionais que permitem um movimento de 1 pixel.

Se voltar ao painel “Navigator” poderá efectuar um zoom sobre a zona aonde os detalhes se sobrepoêm, deste modo conseguindo uma ainda maior precisão de ajuste.
Com a imagem amplificada percorra todo o bordo da “costura”, para se certificar de quanto correcta estará a sobreposição.

Os passos seguidos até aqui poderão ser reproduzidos tantas vezes quantas as imagens que pretendem incluir no seu mosaico.

Quando entender que ambas as imagens estão correctamente sobrepostas, reponha o valor da opacidade em 100% e valide o trabalho.

domingo, 7 de novembro de 2004

Elaboração de Mosaicos em Astrofotografia

INTRODUÇÂO

Algum tempo após ter desenvolvimento o meu interesse pela observação astronómica, foi com naturalidade que comecei a tirar umas fotos aos objectos que ia observando.

Iniciei essa prática com uma câmara SLR Nikon 35mm, mas devido às dificuldades impostas por esta possibilidade rapidamente descobri que o uso de uma simples webcam torna muito mais fácil, e daí imediatamente gratificante , o registo de objectos celestes permitindo uma qualidade final deveras interessante.

Por outro lado, como uso uma simples câmara Philips Toucam Pro 740K, sem qualquer tipo de modificação para tempos prolongados de exposição, os corpos dos sistema solar são, naturalmente, os mais acessíveis. De entre estes, concerteza que a Lua, pela sua dimensão aparente e intensidade reflectora recebida, mas também pela profusão de interessantes detalhes, é um alvo excelente.

O meu telescópio, o LX90 da Meade, com uma distância focal de 2000mm e uma abertura de 203mm, permite amplificações muito generosas daqueles detalhes, ao qual se acresce a possiblidade de, utilizando a motorização de seguimento, manter por tempos apreciáveis, uma qualquer zona contida no foco sem correcções.

Porém, a relação focal de f/10 colocou-me alguma dificuldade em fazer o registro da captação de zonas com grandes dimensões aparentes, confinando-me a alvos de estreita dimensão. Concerteza que poderia usar um redutor focal aplicado ou à webcam ou à célula do SCT, mas ainda não julgo económicamente interessante a relação entre o custo e a utilização que faço dos meios disponíveis.

Deste modo, ao apreciar os resultados de outros amadores, a solução de registrar e depois proceder à “costura” de diversos quadros para a construção de “mosaicos” tornou-se o passo seguinte.

Nas entradas seguintes do Luzeiro, irei descrever os passos que dei usando o Photoshop para criar alguns dos mosaicos já aqui divulgados.

sábado, 6 de novembro de 2004

A Lua em 2004 10 25



Aspecto do Terminador, a Sudoeste, com especial relevo para as Crateras Schickard e Schiller

Segunda experiência de mosaico em Photoshop

sexta-feira, 5 de novembro de 2004

Uma zona próxima do Equador Lunar



A zona da Lua acima representada foi observada ao príncipio da noite, 18H15 TU, do passado dia 21 de Outubro.
O nosso satélite encontrava-se a uma distância de cerca de 370 mil quilómetros e no oitavo dia de lunação, na fase Crescente.
A zona fotografada, registada e processada em Registax 2.1.1 apartir de vários quadros, foi "costurada" em mosaico recorrendo ao Photoshop e representa um quadrante entre os 3 e os 20º de Longitude e os 10 e os 25º longitude Lunar.
É uma zona muito próxima do centro da superfície do "círculo lunar", se for permitido assim dizê-lo de forma grosseira.

Como se pode ver é uma zona de interesse e particularmente repleta de crateras, originadas em diferentes datas, composta por mares, golfo e lagos, falhas e redes de falhas geológicas.
Tem ainda a particularidade de na zona assinalada em 2, terem descido duas sondas Surveyor, a 4 e a 6. Enfim, lixo tecnológico que se manterá ad eternum? na superfície lunar, a lembrar o que se passará na Terra, que o lixo é o melhor dos documentos arqueológicos futuros da nossa passagem por estas bandas e por outras também...

Bom, abaixo descrevo as diversas notações que compõem a foto, sendo que o Norte fica para cima e se apresenta como foi observado.
Já agora, e ainda sobre a foto, registo que foi o primeiro "mosaico" que construí e que sobre o procedimento que segui
irei brevemente dar nota no Luzeiro.


Lua 20041021, 18:15 TU

1- Reaumur, Cratera danificada com cerca de 53km de diâmetro e de fundo plano, repleto de lavas;
2- Sondas Surveyor 4 e 6, zona de descida de exploração lunar dos E.U.A;
3- Triesnecker, Cratera datando de há cerca 1.1 mil milhões de anos, isolada sobre o Golfo de Sinus Medii, com uma dimensão de 27km e uma elevação de cerca de 2800m;
4- Rimae Triesnecker, Rede de Falhas Geológicas, datando de período anterior à cratera e com uma extensão de 200km, com cerca de 2km de largura, estende-se desde a cratera Rhaeticus até à de Hyginus;
5- Sinus Medii, Golfo, ou pequeno Mar, com uma superfície de 52000km2;
6- Rima Hyginus, Falha Geológica, provavelmente datando da mesma época de Rimae Triesnecker, ou seja, de há perto de 3.85 mil milhões de anos e que parece estar ligadad a Rima Ariadaeus (10);
7- Hyginus, Cratera, com uma dimensão de 10km e 800m de altura, a meio da Falha com o mesmo nome, surge a delimitar o Sinus Meddi (o "golfo do meio") do Mar dos Vapores;
8- Manilius, Cratera, datando de entre 3.2 a 1.1 mil milhões de anos. É uma formação isolada, já situada no Mar dos Vapores, possuindo como dimensões 40km de abertura e 3100m de altura. As suas paredes elevadas e escarpadas, que a ajudam com a melhor exposição solar a ser brilhante e destacada, tem um fundo plano e pouco extenso.
9- Mare Vaporum, Mar dos Vapores, com cerca de 230x230km repleto de lavas e talvez por isso muito plano, aponta para uma origem anterior a 3.8 mil milhões de anos;
10- Rima Ariadaeus, Falha Geológica, provavelmente da mesma altura da formação do Mar dos Vapores. Tom uma extensão de 220km e cerca de 7km de largura;
11- Rhaeticus, Cratera, uma dimensão de cerca de 45km de diâmetro, apresentando uma montanha central ainda destacada, a mostrar que esta formação geológica terá uma idade muito próxima dos 4.5mil milhões de anos;
12- Agrippa, Cratera, nome do Astrónomo Grego do Séc. I, danificada a Nordeste apresenta um fundo plano, parcialmente coberto de lavas e uma proeminente montanha central;
13- Godin, Cratera, nome de outro Astrónomo, este Francês e do Séc. 18, formação circular com um diâmetro de sensivelmente 35km e com uma elevação das suas paredes de 3200m, possui igualmente uma montanha central de apreciável altura;
14- Murchison, Cratera, devido à sua proveta idade, 4.55 mil milhões de anos encontra-se muito danificada pela intrusão do impacto que deu origem a Pallas, a cratera vizinha a Noroeste;
15- Pallas, Cratera, formação vizinha de Murchison com ela formando um par interessante. Possuirá uma origem posterior à vizinha de "baixo" de acerca de 3.92 mil milhões e tem o seu fundo muito plano, talvez repleto de lavas "recentes".


Fontes: Atlas Virtual da Lua, Versão Portuguesa
Lunar and Planetary Institute

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Porquê a Lua?

As últimas entradas no Luzeiro têm sido dedicadas à Lua.
Poder-se-á pensar que a razão foi a ocorrência do Eclipse Lunar de 28 de Outubro ou até que me encontre de novo terrívelmente apaixonado.
Claro, não se trata nada disto, embora acredite que uma boa Lua possa favorecer esse estado aluado ...

De facto, os motivos são exclusivamente pragmáticos e prendem-se com o local aonde levo a cabo as minhas observações.
Faço as minhas observações à varanda de minha casa, um quinto andar sem sotão.
E, embora viva num ambiente suburbano e ainda assim virado a Sul, a verdade é que as nossas cidades e vilas, estão cada vez mais entregues às estratégias de desperdício de energias, entre outros desmandos, a que se entregam as nossas autarquias e muitos daqueles que as suportam, entre os quais os seus eleitores se encontram em maioria.

Poucos, muitos poucos até, acho, já se terão interrogado da necessidade de tanta iluminação? E de tanta iluminação inútil?
Rotundas profusamente iluminadas onde é escasso o trânsito, holofotes a iluminarem frontarias de prédios até altas horas da noite, e de preferência com uma alternância de cores psicadelicamente pirosa e terceiro-mundista, fontes que jorram água toda a noite e são assistidas por jogos de luzes, holofotes em jardins a iluminar, de baixo para cima, as copas das árvores, holofotes, holofotes, holofotes ...
Sorte minha a de ter passado por algumas das maiores metrópoles do mundo e ter visto o efeito da poluição luminosa por serem grandes, mas não se confunda Paris com Lisboa, Nova Iorque com o Porto, Londres com a Maia, Amadora com Tóquio. E pude também visitar pequenas vilas, de dimensão amior ou igual que o Porto e Maia e Viana, não me recordo de ter visto nada do que por aqui se vê em termos de desperdício de iluminação pública (e privada).

Dir-me-ão que é para melhorar a segurança dos cidadãos, que será para incrementar o gosto estético (duvidoso) da população inominável e , no final do folêgo, acusar-me-ão ainda de muitas coisas para no fim nos relegarem para um canto minoritário.
Bom, não sei como serão os futuros 50 ou 100 anos, mas terei pena quando se chegar à constatação que a Terra, quando vista por exemplo de Vénus, se confundirá no seu brilho com a Lua.
Quando isso suceder, talvez estejamos a pouco tempo de viajarmos para o espaço exterior. Talvez ...

Bem, mas não era sobre ficções que pretendia hoje escrever.
Confrontado então com as condições oferecidas pelo local de observação habitual, não tive outra hipótese senão, e com os meios que possuo, do que me decidir por objectos celestes mais acessíveis.
Não deixa esta de ser também uma decisão, diria humana, e solar.
É verdade que o visionamento dos objectos do céu profundo, os enxames, as nebulosas, as galáxias, criam um sentimento de maravilhamento e espanto decorrente da beleza e singularidade, mas encontram-se tão afastados que só mesmo olhá-los dá prazer a um astrónomo amador comum. Algo mais do que observar, fotografar e ler o que por outros foi revelado sobre esses objectos do céu profundo não está o meu alcance imediato.

Contudo, o Sistema Solar está ao alcance dos nossos olhos, dos binóculos, do telescópio de prenda de anos, da webcam , da câmara digital e também da velha reflex do pai ou do avô.
E é possível pela proximidade dessas coisas, ainda assim espantosamente longínquas, acompanhar e perceber as fases de Vénus, a dança dos satélites e a corrida da Grande Mancha Vermelha pela superfície de Júpiter, é possível imaginar uma sonda a descer em Titã e ver que os anéis de Saturno estão separados entre si.
É possível acreditar que voltaremos a passear na Lua ... e começarmos, porque não?, a tirar medidas para reservarmos um monte selenita!

Dedico-me então à observação (caseira) do Sistema Solar e, já agora que se encontra aqui tão perto, começo pela Lua.


segunda-feira, 1 de novembro de 2004

Mais do Eclipse Lunar de 28-Out


Depois de ter assistido à eliminação, mais do que justa, do FCPorto pelo Vitória de Guimarães para a Taça de Portugal, a perspectiva de poder assistir ao eclipse lunar melhorou a minha disposição.

Na varanda, apercebi-me que continuava a chover mas não desesperei. Como ainda tinha uns avi’s para processar da última observação, sentei-me frente ao PC e comecei a trabalhar.
Quando me apercebi das horas que eram faltavam 15 min para o fenómeno se iniciar com a entrada na penumbra. Eram 2H00.

Assim, depois de montar o LX90 no seu pedestal, sentei-me num banco a aguardar.
A temperatura não estava nada mal, bem pelo contrário, o vento empurrava com rapidez as núvens para nordeste e por vezes soprava tépido.

A Constelação de Orionte a iniciar a sua subida aos nossos céus foi-me entretendo enquanto a Lua se ia escurecendo.
Alturas houve em que fiquei mais de 30min aguardando por uma aberta nas núvens mas acho que valeu a pena.

Quando a Totalidade chegou, ver o nosso satélite aparentemente tão frágil, quase como se se tratasse de uma fina peça de cristal, deixou-me maravilhado e proporcionou-me a visão do meu primeiro Eclipse Lunar.

Depois já imerso na totalidade do cone de sombra projectado pela Terra, a Lua ia sendo cada vez mais escondida pelas núvens e fui-me deitar. Eram 04H10.

A imagem acima é uma fase do eclipse e é anterior àquelas publicadas antes na entrada do próprio dia do Eclipse.

 
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