segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Missão Cassini - Huygens - Parte XII


NASA/ESA/ASI Posted by Hello

A imagem acima mostra-nos Titã envolta numa fina névoa.
Obtida através de um filtro sensível à luz ultravioleta foi possível fazer surgir duas camadas na alta atmosfera da lua de Saturno.
Na névoa, situada a cerca de 400km da superfície, as moléculas de metano e nitrogénio, reagem formando partículas mais complexas de carbono e hidrogénio. Como estas são mais sensíveis a comprimentos de onda mais baixos, na ordem dos 383 nanómetros, a sua observação só é possível no ultravioleta.
De modo a que este processo químico fosse observado no espectro do vísivel a cor da névoa foi saturad. Manteve-se a cor da superfície de Titã

quinta-feira, 26 de agosto de 2004

A lua em 23 de Agosto - Parte III e Final

As notações inscritas na fotografia que apresentei na parte I, representando um conjunto de formações que foram escolhidas de forma aleatória, têm o curioso particular de incluir uma formação geológica baptizada com um nome conhecido dos Portugueses.

As formações entrevistas na foto representam também uma zona do chamado Mare Imbrium, uma imensa extensão relativamente plana com cerca de 830.000km2, cravada de crateras e falhas geológicas e bordejada por cordilheiras e montes, que encerram as lavas expelidas do interior da Lua em resultado dos tremendos impactos de que o nosso satélite natural foi alvo durante milhões de anos.
Diria que, pelo aspecto do “queijo”, antes ele que o nosso.


Canon PowerShot S1 IS f/4.5- 1/50s Posted by Hello

A zona escolhida, uma das muitas presentes sobre o Terminador, nome que se dá à linha divisória clara/escuro resultante do ângulo de incidência da luz do Sol na superfície lunar e da nossa posição face à órbita da Lua em torno da Terra, a zona escolhida, dizia eu, situa-se sobre a nossa direita , quando olhamos para Mare Imbrium, na fase de Quarto Crescente ao 7º Dia do Mês Lunar.
Este Mare, mais as formações aqui abordadas, embora sem o detalhe da fotografia, é passível de observação com uns binóculos de 10x de aumento.

Enfim, relembrando as formações escolhidas, e por outro lado julgando fastidioso detalhar as suas características de forma exaustiva, será curioso notar o baptismo de uma cratera com o nome do famoso aviador brasileiro Alberto Santos-Dumond.
Encostada sobre as vertentes da cordilheira dos Montes Apeninos e sobre o maciço de Fresnel, a cratera Santos-Dumond cobre uma área de cerca de 64km2 , sendo contudo desconhecida a sua profundidade.
Pela observação das fotografias até hoje obtidas, nas quais não se inclui a minha, reconhecem-se as suas paredes elevadas e escarpadas e a forma circular da abertura.

Para mais informações procurem os sítios:

Lunar and Planetary Institute
http://www.lpi.usra.edu/
Missão Clementine
http://www.cmf.nrl.navy.mil/clementine/
ALPO Lunar Section http://www.lpl.arizona.edu/~rhill/alpo/lunar.html
Vistas do Sistema Solar: http://nautilus.fis.uc.pt/astro/mirror/solar/portug/moon.htm

quarta-feira, 25 de agosto de 2004

A Lua em 23 de Agosto - Parte II

Na observação do firmamento, não necessitamos de ficar à espera que os fotões, emitidos à milhares de anos-luz por um qualquer objecto celeste, cheguem até nós, ou que Saturno, Júpiter, Marte, Vénus ou Mercúrio estejam no melhor ponto da sua órbita quando os observarmos.
Para usufruir de uns bons momentos de prazer e maravilhamento, não precisamos de ter acesso às formidáveis fotografias do Hubble ou a telescópios com enormes aberturas, comprados na loja mais especializada da freguesia que nos permitam ver nebulosas e galáxias, enxames e estrelas duplas.
Podemos começar de forma simples, barata e igualmente gratificante por observar a Lua.

De que é que necessitamos?
Bom, se não tivermos um par de binóculos dos bons, podem ser uns manhosos comprados na loja do chinês ali na esquina, e se não tivermos binóculos podemos ainda olhar a Lua.
Ou tão somente “andar na lua”...
Pela sua dimensão, cerca de 3500km de diâmetro, e proximidade da Terra, uma distância média aproximada de 385000 quilómetros, a Lua constitui-se num óptimo e inesgotável filão de informação da dimensão angular da largura de um lápis à distância de um braço esticado.
É também um óptimo motivo para empreender um percurso pelo caminho das teorias que experimentam fazer a simplificação da criação científica das coisas que apercebemos no nosso quotidiano.

A Lua é um objecto à dimensão humana.
Talvez porque faça parte dos nossos melhores sonhos e devaneios.
Talvez porque a beleza sideral esteja tão próxima de nós.

A Lua, é também o objecto celeste que melhor se posiciona para ser observado da minha varanda de subúrbio, fortemente poluído pela iluminação pública que desperdiça energia paga pelos contribuintes … e da sua varanda, não se vê?

Apesar de tudo, a fotografia foi obtida com um telescópio de 203mm de abertura e uma distância focal de 2000mm, sendo comandado por um software possuindo uma base de dados onde não se incluía …

terça-feira, 24 de agosto de 2004

A Lua em 23 de Agosto - Parte I


LX90 + Webcam Philips ToucamPro 740K
259/600 frames; 1/25; 20frames/seg

QuickCam Focus + Registax + IrfanView

Clique na Imagem Posted by Hello

quinta-feira, 19 de agosto de 2004

Missão Cassini-Huygens - Parte XI


NASA/ESA/ASI

Com data de 20040703, a nave Cassini mostra-nos esta imagem da lua Mimas em órbita 185600 quilómetros acima das núvens de Saturno.

A lua Mimas com 398km de diâmetro, apresenta a sua superfície com muitas crateras resultantes de inúmeros impactos. A cratera Herschel tem um diâmetro de 130km com 10 de profundidade.

Para melhorar a percepção deste objecto na imagem acima, refira-se que cada pixel é igual a 10km
.
Posted by Hello

segunda-feira, 16 de agosto de 2004

Missão Cassini-Huygens - Parte X

Mais Lua, menos lua …

Em mais uma órbita de Saturno, a nave Cassini ajudou a descobrir e a acrescentar mais duas luas às 31 antes existentes. Mas, com toda a certeza, até ao final da Missão este número subirá, pondo em causa a definição pouco menos que subjectiva para que um objecto se torne na lua de um planeta.

Na sequência do estudo das imagens recebidas, os dois objectos agora detectados apresentam diâmetros consideravelmente baixos quando comparados àqueles que habitualmente imagino quando figuro na minha mente uma lua.
Um dos objectos terá de diâmetro 3km enquanto outro terá 4 quilómetros. Orbitam Saturno entre as órbitas de luas maiores, Mimas e Encelados, e a uma distância de 211000 km de Saturno.
Concerteza que no tempo de Galileu ninguém se interrogou se existiriam mais objectos para além daqueles que ele descobriu em torno de Júpiter. Só por si, esses poucos já deram água pela barba às mentes retorcidas dos obscurantistas da Santa Inquisição e muitos apertos ao astrónomo do séc. XVII. Nos nossos dias interrogamo-nos sobre a definição que deverá presidir à denominação de lua de um planeta.
Entre outras questões, uma poderá ser o facto de estarem contabilizadas mais de 120 no nosso Sistema Solar, outra poderá ser a subjectividade na definição da dimensão do objecto.
Certo é que para ser lua terá de orbitar um planeta e fazê-lo numa trajectória, mesmo que muito elíptica, em torno de um dos planetas do sistema.

Outro aspecto interessante deste achamento foi o facto de estas luas se encontrarem não entre os espaços vazios dos anéis, como os modelos teóricos prediziam, mas entre as órbitas de dois objectos de maior dimensão orbitando Saturno, Mimas e Encelados.
Mesmo assim, e tendo em conta a sua dimensão e posicionamento orbital, simplesmente estas duas novas luas já deveriam estar reduzidas a destroços e dessa forma incorporadas nos vários anéis.
E, então, porquê? Porque as trajectórias dos cometas do Sistema Solar há muito deveriam ter sido secantes e tangentes comos dois “calhaus” agora descobertos.
Esta descoberta acaba assim por colocar em discussão uma interrogação:
Será que existirão assim tantos cometas no nosso Sistema Solar capazes de andarem aos encontrões com outros corpos celestes?

Pela minha parte espero que sejam bem poucos aqueles capazes de atingir a Terra ...

quinta-feira, 12 de agosto de 2004


Constelação de Delphinus Posted by Hello

A Constelação do Golfinho

Na entrada do dia 31 de Julho mostrei aqui a foto que tirei da Constelação do Golfinho aquando da minha presença no Astrovide.
Hoje vou reunir um pouco mais de informação sobre ela. Abaixo apresento a mesma foto, sendo que as principais estrelas estão notadas pela sua designação e respectiva magnitude aparente.

Mesmo em ambiente de poluição luminosa urbana, se olharmos para o céu e procurarmos o nosso zénite encontraremos realçadas as estrelas de maior luminosidade do chamado Triângulo de Verão: Vega em Lira (Lyra), Deneb em Cisne (Cygnus) e Altair na Constelação da Águia (Aquila).

Se se reparar nos números que seguem por debaixo da denominação das estrelas, notar-se-à que o conjunto possui uma magnitude que em céu urbano, ou mesmo de subúrbio, o torna muito ténue.
É então provável que a pequena Constelação do Golfinho não seja facilmente observável ou até nem sequer entrevista nestas condições.

A estrela Alpha Delphinus, com uma luminosidade "real" calculada na ordem de 138 vezes superior ao nosso Sol, encontra-se a cerca de 241 anos-luz. A estrela na ordem de grandeza seguinte, Beta, estará localizada a cerca de 97 anos-luz e a sua luminosidade será superior à do Sol em 25 vezes.
Se compararmos estes valores com as 3 estrelas do Triângulo de Verão veremos, por exemplo, que Vega, a mais brilhante e a mais próxima das três, se encontrará a cerca de 25 anos-luz mas a sua luminosidade é 44 vezes superior à do Sol.

A foto foi tirada com uma exposição de 15" a F2.8.
Deixo ficar uma ligação ao sítio do Clube de Astronomia da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, onde poderão encontrar mais informação sobre esta Constelação
http://www.ga-esec-pinheiro-rosa.rcts.pt/constelacoes_antiga/delfim.htm




James Rosenquist em Bilbao

No nosso passeio de férias pelo Norte de Espanha e na visita que fiz ao Museu Guggenheim de Bilbao, deparei com uma Exposição Retrospectiva da obra de James Rosenquist.
Sem outras competências que não sejam as ditadas pela impressão que deixou nos meus sentidos e no "diálogo" que as obras observadas em mim mantêm, deixo desde já aqui a recomendação da visita a outras fontes para quem pretender melhor fonte de informação

Deixo também um excerto de apresentação ao trabalho de Rosenquist "Star Thief" (1980) e "The Stowaway Peers Out at the Speed of Light" (2000):


"The Stowaway Peers Out at the Speed of Light"

"The star is the original attraction or goal. Once you reach the star, you make a diversion because you can't see further than before. So the star is the "thief" that brings you to all places you didn't originally plan to go."

Como efeito do visionamento de algumas das obras de Rosenquist pessoas há que choram ou riem.
Soube de alguém que abandonou a sala com vertigens ...

segunda-feira, 2 de agosto de 2004

Não! Não sou o Único a olhar o Céu!



Póvoa do Varzim, 20040801 Posted by Hello

 
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