sexta-feira, 31 de outubro de 2003

A Nebulosa de Orionte

Encerrada no saiote do Grande Caçador, logo por baixo das 3 Marias, encontramos a Grande Nebulosa da Constelação de Orion.
Esta Nebulosa Difusa, apesar de se encontrar a cerca de 1600 anos-luz, é facilmente vísivel a olho nú. É a Nebulosa mais próxima de nós.
O seu fulgor e a sua leve coloração violeta, tal como me aparece nos meus céus poluídos do subúrbio do Porto, é apreendido com binóculos e melhor definida com a ajuda do telescópio.
Esta coloração no centro da Nebulosa, que se fica a dever à elevada concentração de núvens de hidrogénio, surge-me por vezes também como esverdeada, mas tal poderá decorrer de também por lá se encontrar oxigénio,
ou então efeito das lâmpadas de iluminação pública das proximidades do meu ponto de observação. De facto, nunca observei M42 em locais sem poluição luminosa.

Cobrindo uma área angular quase igual a que poderiam ocupar 4 Luas Cheias, a que coreesponderão uns enormes 30 anos-luz, a zona de M42 também proporciona outros objectos de espanto e maravilhamento.
No centro da Nebulosa, e proporcionando-lhe o brilho com que a vemos, encontramos um enxame de estrelas jovens a que se deu o nome de Theta Orionis. De resto, o centro de M42 está definitivamente ligado à criação de estrelas, pois encontra-se situada numa vasta e quente nuvem de gás e poeiras.
Com uma ocular de baixa magnificação, igualmente se encontrará, a igualmente difusa M43, a Nordeste de M42.

Famosa também por ter sido a primeira nebulosa alguma vez fotografada, já pelo séc. XVII Johann Baptist Cysatus a tinha desenhado. Messier catalogou-a em Março de 1769.



sábado, 25 de outubro de 2003

Por onde tudo começa ...



E de novo ,como se isto fosse ainda o início, um berçário de estrelas como aquele que entrevi, há uns anos, na varanda, de binóculos apontados a Orionte, entusiasmados pelo esplendor, eu e a Rita. Vale então a pena falar de M42?

sexta-feira, 24 de outubro de 2003

Hoje é sexta-feira ...

O tempo fechou ...
O Nuno e o Pedro convidaram-me para uma observação em um novo local de observação. Não foi possível. O céu carregou-se de pesadas núvens e a saída não se realizou ... pena.
Para amenizar as coisas fui hoje levantar alguns slides de Cassiopeia, que tinham sido tirados pelo princípio do mês. Não ficaram mal, não senhor.
Mas é claro terei que melhorar os tempos de exposição e talvez mudar de ISO400 para um ISO200. Como não é bom não haver estrelas no céu ...

domingo, 19 de outubro de 2003

"Um ser vivo, por definição, extrai continuamente a sua energia do meio exterior, enquanto uma estrela, auto-suficiente, extrai a sua energia da sua própria substância" - Cassé, Michel: Genealogia da Matéria Edições Instituto Piaget, ISBN: 972-771-450-1

Do desencontro destes dois pressupostos parece ter nascido o meu interesse pela Astronomia Amadora. E digo parece, porque entretanto outros terão sido os factos que me trouxeram até aqui.
Daqui para a frente, se bem que se calhar não se possa falar assim de mim e da Astronomia, estonteado pela possibilidade de tantas dimensões poderem ser dadas à afirmação, daqui para a frente dizia eu, surge uma nova fase, concerteza mais exposta talvez mais aliciante, contudo ... que o seja, desde que interessante e divertida.

Afinal, é a um meio exterior e por si só auto-suficiente, que vou buscar esta energia.

Como se fosse o princípio ...

 
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