segunda-feira, 31 de maio de 2004

A Construção da Coroa

Na construção do meu filtro usei como guia as instruções no site do NASTAB.

Assim, fui a uma papelaria perto de casa, o Comércio Local ainda existe!, e comprei uma folha de cartão … combate ?!! É verdade, pelo menos foi assim que o empregado chamou a uma folha de cartão prensado com cerca de 2mm de espessura e de cor cinzenta.
Comprei também na drogaria  dois sprays, um negro mate e outro dourado, um tubo de cola de carpinteiro, um tubo de Loctite ou cola de colar-cientistas-ao-tecto e uma embalagem de massa de gesso.
Durante o AstroMira, comprei na banca da BrightStar (http://www.bstar-science.com) uma folha A4 Baader Astrosolar Safety Film … não resisti a colocar isto em Inglês, fica com outro ar…talvez por isso é que alguns sítios de ilustres astrónomos amadores portugueses foram construídos só em língua inglesa, e nem uma traduçãozita para Português os “doutos” se dignaram fazer. Bem, adiante para o filtro.



Atazanado com as compras cheguei a casa e coloquei-me em postura de trabalho.
Fita métrica de costureira (ninguém em casa tinha uma régua maior de 20cm ;-/ ), tesoura de cortar papel, lápis, compasso, o LX90 nas proximidades para tirar medidas, espaço q.b. e muita concentração porque as minhas mãos são como as do Eduardo, cada tesourada cada minhoca, tradução: sou muito jeitoso quando estou quieto!!!

Para fazer o “colar” do LX defini três tiras, uma com 4cm de largura, externa, e duas com 2cm, sobrepostas e internas, com a intenção de servirem de batente no bordo frontal do LX criando assim um espaço.

A fita dupla interna foi colada com Loctite e posicionada sobre a fita externa de 4cm de modo a fechar todo o “colar”. Por incrível que pareça a alguns mais próximos o colar, quando o experimentei sobre a abertura, encaixou quase que nem uma luva de peliça.
Depois foi-lhe passando as mãos de modo a que se fosse atenuando os pontos de fecho e proporcionasse uma circunferência quase igual a dois pi erre.

A seguir ….






sexta-feira, 28 de maio de 2004

Aos seus lugares!!

A data de 8 de Junho aproxima-se e resolvi, para além da observação visual, realizar umas fotos do Trânsito de Vénus.
Como sabemos para observar o Sol é necessário um filtro adequado.

Daí que a Natércia Barreto cantava assim o aviso:
"Os meus óculos de Sol
Que levo pra chorar huuhhhuuu
Sem ninguém ver chorar
P´ra não dar a perceber huuhhuuu
P'ra ocultar huuuhuuuu
O meu sofrer ... lá lá lá"
A parte que eu gosto mais é a do huuuuhhhhuuu
E os The Clash faziam-no, mas em punk rock:
"Never point a telescope to the Sun" no álbum Combat Rock.

Dito isto iniciei a construção do filtro solar.
Da próxima vez terão umas fotos do meu filtro, mas entretanto se tiverem muita pressa podem sempre aceder ao site que indico, onde todos os passos estão bem explicados.
http://oficina.cienciaviva.pt/nastab/filtros.html

Bom trabalho!

domingo, 23 de maio de 2004

Um Asteróide Português

O Grom Matthies da UAA enviou para a Astrolista o post que transcrevo abaixo.
Se quisere mais informações sobre um pedaço de uma rocha que tem o nome do nosso País e "anda às voltas" do Sol só tem de seguir os links que ele nos indica. Vale a pena.

"Entre os dezenas de milhares de planetas menores no cinturão de asteróides podemos encontrar um com o nome "Portugal". Esta pequena curiosidade já é motivo suficiente para que os nossos instrumentos em terra lusitana apontassem para ele. Enfim, é o "nosso" asteróide. Este ano este pequeno asteróide de cerca 10 km de diâmetro acabou há nem um mês a sua oposição (maior proximidade com a Terra), sendo por isso ainda a altura mais favorável para o observar. A proxima oportunidade será aquando da oposição em 2005, dois meses após o periélio.

Este ano a UAA lançou o primeiro apelo de captar o movimento aparente do asteróide entre as estrelas do fundo. A primeira contribuição e assim a primeira sequência fotográfica foi conseguido por Alberto Fernando, José Ribeiro e Filipe Alves. Vejam as imagens animadas e mais informações em
http://ac.astrosite.net/GX/pj200402/"

domingo, 9 de maio de 2004

O Trânsito de Vénus



No próximo mês de Junho e no dia 8, Vénus em conjunção com a Terra, atravessará na nossa linha de visão o círculo luminoso do Sol.
O espectáculo sobe à cena logo pela madrugada às 06H20 e decorre até às 11H25.

NUNCA É DE MAIS REPETIR: NÃO OLHEM DIRECTAMENTE PARA O SOL, se o fizerem com auxílio de TELESCÓPIOS USEM FILTROS APROPRIADOS.
Segundo parece, a Direcção de Geral de Saúde distribuirá óculos apropriados e seguros. Informem-se! Usem o dinheirinho dos impostos!
Por outro lado se usar telescópios os cuidados deverão ser redobrados.
Um telescópio é um sistema de lentes amplificadores da intensidade de luz recebida, daí que o uso de filtros adequados ao telescópio sejam imprescindíveis por razões de segurança. Os filtros poderão ser encontrados nas casa de comércio de artigos astronómicos.
A lesão provocada pela visão directa do Sol sem protecção não é imediatamente perceptível por dor, é quase instantânea e na maioria dos casos irreversível. CUIDE-SE !!!

Na proximidade deste evento são muitas as notícias, as entrevistas, os comentários. Os preparativos para este acontecimento secular ocupam os que não estarão cá para assistir ao próximo trânsito, todos nós, isso, leu bem, pois o último foi em 1882, o próximo será em 2012, mas não é vísivel de Portugal, depois ... bom, depois só em 2117 ...

No nosso País estão em preparação um conjunto de iniciativas de divulgação e observação que irão concerteza chegar a alguns milhares de pessoas.
Na proximidade de sua casa, nas Escolas, nos Jornais, nos sites portugueses ou estrangeiros de astronomia, na Ciência Viva, nos Observatórios, bom, informe-se, interesse-se, participe!

Se mesmo assim não quiser, não puder, ou então optar só pela informação, digo-lhe que foi editado na nossa Língua, por autores Portugueses, um excelente volume sobre o assunto.
A Editora GRADIVA colocou nas bancas "Trânsitos de Vénus - À Procura da Escala Exacta do Sistema Solar". No início deste post pode ver uma foto da capa.
Da Autoria de Nuno Crato, Fernando Reis e Luís Tirapicos, podemos recolher os fundamentos básicos dos movimentos planetários em torno do Sol, o porquê dos trânsitos e como eles sucedem ou não sucedem, a sua importância histórica, as vicissitudes dos investigadores, a conquista sistemática de conhecimento, o actual estado de coisas e ainda, e ainda, a possibilidade de com uns óculos protectores poder observar da janela do seu escritório, à entrada da fábrica se ainda estiver empregado, na esplnada junto à praia, no jardim público se estiver desempregado ou a "bater uma sueca" se estiver reformado, ou então, vá até a um dos locais de observação que estão a ser anunciados e reuna-se com gente que está possuída do mesmo fascínio.

O livro está em Português fluente e desprovido de "laçarotes" académicos. É uma obra de divulgação com uma transmissão de conhecimento fácil e cativante, apropriadamente
cronológica na sua estrutura, introduzida por um Prelúdio que nos ajudará em qualquer momento posterior a relembrar qualquer informação perdida.

Se daqui a uns anos quiser saber da importância de Teodoro de Almeida nas observações do Trânsito de 1761, o livro ficará fielmente a aguardar pelo seu interesse.

terça-feira, 4 de maio de 2004

O Eclipse da Lua

O nosso vizinho celeste mais próximo vai hoje dar um ar da sua graça.
A Lua, esse calhau com quase 3500km de diâmetro e uma massa de cerca de 4.8x10^22kg, encontra-se em média a 384000 km da Terra.

Hoje se as condições meteorológicas o permitirem, poderemos em Portugal assistir a um Eclipse Total da Lua.


Esta imagem da autoria de Pedro Ré refere-se ao Eclipse de 17 de Agosto de 1989.

O Eclipse inicia-se pelas 18h50, estando a totalidade prevista para as
20h52. A Lua sairá da sombra projectada da Terra às 23h09.

E porque é que é possível observar este espectáculo?

A Lua tem 3 movimentos: tal como o Planeta em que nos encontramos, também possui um movimento de Rotação sobre o seu eixo e um movimento de Translação em torno do So, em conjunto com a Terra. Possui ainda um movimento de Revolução em torno da Terra.

Os objectos celestes do nosso Sistema Solar têm um plano no qual orbitam o Sol, é o chamado Plano da Eclíptica. Nesta os corpos seguem-no com linhas orbitais angulares que são ligeiramente diferentes entre si. Desta forma, e em relação à linha do Equador da Terra a Lua encontra-se com uma inclinação de 5.2º.
Os Eclipses lunares acontecem quando a Terra se interpõe entre o Sol a Lua no mesmo plano. Projecta-se então uma sombra sobre a face visível da Lua provocando o Eclipse.
Se a Terra e a Lua não tivessem aquela diferença teriamos um Eclipse todos os meses. Assim eles só sucedem quando as suas órbitas estão no mesmo plano com o Sol, o que acontece duas vezes por ano.

Assim, prejudicados pelas condições meteorológicas, bem que poderemos logo à noite não ver o Eclipse Total da Lua.
Mas nada de desesperar. Em Outubro que vem a Lua estará de novo disponível para mais um espectáculo.

segunda-feira, 3 de maio de 2004

Jupiter Fotografado

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Como seria de esperar, aqui vai a minha primeira imagem de Jupiter.
Já tem um tempito, foi na noite de 7 de Abril entre as 22h00 e a meia-noite.

Esta imagem foi o resultado de um AVI com 30'. De entre os setecentos e tal quadros aproveitei
cerca de 200.
O processamento foi directo com o Registax, sem wavelets. Só retoques de cores e nada mais.
O BMP foi passado a JPG com o IrfanView.

Ficou agradável, mas, reparem no borrão esverdeado sobre a esquerda do gigante gasoso.
Trata-se de sujidade no chip da ToucamPro. Depois digo-vos como vou resolver esta situação e garantindo que poucas poeiras caem no CCD.

Entretanto fiquem-se com ela.
Ah! Não é sujidade o ponto branco que está à direita do planeta, claro, é o satélite Io.

Não faz mal também tive que ir ver de que satélite se tratava. ;-))


 
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