sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Lua em 20040920 - Parte 1

Na madrugada do próximo dia 28 de Outubro vamos poder observar em Portugal um Eclipse Lunar Total. Este acontecimento começara a ser divulgado nas próximas entradas do Luzeiro.

Entretanto, temos hoje uma foto de uma zona particular da Lua, obtida no passado dia 20de Setembro pelas 22H00. Esta foto teve como origem a curiosidade despertada por um artigo, da autoria de Charles A. Wood, publicado na edição de Outubro da revista Sky&Telescope.

A foto, obtida com o LX90 e uma Webcam acoplada à célula do telescópio, foi obtida recorrendo a 4 AVI’s de 10’, a 30 quadros por segundo. De cada um dos avi’s foram escolhidas as frames mais nítidas para o processamento da imagem final em Registax. O tratamento da imagem recorreu também às ferramentas do Registax, com a utilização de wavelets e contraste. A imagem final é o stack das 4 imagens entretanto obtidas de cada avi. O Norte está para cima.

Concluída a introdução sobre a construção da foto, e referindo-nos às legendas inscritas sobre as crateras lunares nomeadas, vamos ficar a saber um pouco mais sobre a morfologia desta zona.



Lua 20040920 às 20H20

As 3 crateras maiores mostram como ao longo de milhões e milhões de anos a superfície da lua foi sendo bombardeada em impactos de diferente magnitude e momento. Assim, Theophilus, aparenta claramente ser a mais recente pelo recorte acentuado das suas vertentes e definição dos picos centrais. Por outro lado, é também notório que como resultado da magnitude do impacto, as vertentes a Sul da cratera sobrepuseram-se às de Cyrilus.


Embora pouco perceptíveis, Cyrilus tem igualmente 3 picos centrais, contudo, por ser um pouco mais “idosa” que a cratera anterior, eles apresentam-se menos destacados da superfície interior da cratera, que se encontra coberta pela projecção de materiais resultantes do impacto ocorrido em Theophilus.
Comparativamente, às superfícies destas crateras, Catharina tem a sua arrasada de detritos e com marcas de ter sofrido vários impactos de maior ou menor magnitude. Este facto, permite-nos afirmar que, das três formações em análise, Cyrilus será a mais antiga, devendo a sua origem situar-se num tempo em que a superfície da Lua era objecto de intensos bombardeamentos de asteróides e cometas que, entretanto, foram diminuindo de frequência e dimensão.

No sítio poderão encontrar uma foto mais nítida.

 
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