segunda-feira, 11 de outubro de 2004

Estrelas Variáveis do Tipo Cefeides

Para além do nosso Sistema Solar, as estrelas encontram-se tão longe que, através da observação visual, não nos é possível apercebermo-nos da suas variações de intensidade luminosa.
Quando as olhamos, parece-nos perceber que elas cintilam, mas tal impressão não resulta senão do facto de, entre os nossos olhos e as estrelas, se interporem longas distâncias, camadas de ar com diferentes temperaturas e tipos de poluição ou ângulos de visionamento menos propícios.

Contudo, quando observadas e estudadas através de telescópios e outros recursos, as estrelas apresentam, não cintilações no estrito sentido do termo, mas variações no brilho decorrentes de alterações na intensidade luminosa que é registada.
Estas variações ficam dever-se às características intrínsecas do estádio de desenvolvimento em que as estrelas se encontram.

Em rigor todas as estrelas variam na sua intensidade luminosa. De facto, a nossa Estrela Sol aumenta e diminui de intensidade enquanto distende e comprime o seu corpo.
As estrelas variáveis, conforme a evidência do seu tipo de actividade, dividem-se em vários grupos: Cefeides, de longo período, cataclismícas ... e até as que não são verdadeiras, aquelas que resultam de um outro objecto na sua órbita se interpor entre o nosso ponto de observação e a sua posição no Universo.

As Cefeides, ligeiramente abordadas na notícia do dia 7 de Outubro, são estrelas de variabilidade periódica curta, entre um e 100 dias, e com alterações de magnitude no brilho relativamente pouco acentuadas, caracterizada por um aumento súbito de luminosidade e uma diminuição lenta. A sua massa varia entre 5 e 20 massas solares e possuem uma luminosidade 104 vezes a luminosidade do Sol.

Por terem períodos bem demarcados de variabilidade e com a uma dispersão e profusão conveniente pelo universo observável, as Cefeides são utilizadas para a medição de distâncias entre a Terra e os Enxames Globulares Abertos ou outras galáxias, utilizando para isto uma relação calculada a partir do conhecimento da Luminosidade e da Intensidade.

O seu nome surge pela primeira vez da observação efectuada sobre a Delta de Cefeu por John Goodricke, um astrónomo amador que, em 1784, descobriu e quantificou o seu período em 5.4dias.
Mais tarde, em 1894, o astrónomo russo Aristarkh Belopolski, confirmou estas observações e resultados pela observação das variações do espectro cromático da luminosidade, constatando que tal variação se fica a dever a movimentos de expansão e contracção da massa de Delta Cefeu.

 
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