Com as parangonas do costume, a que não terá faltado a oportunidade da data do apogeu do projecto, 14 de Julho, a Missão Deep Impact da NASA disparou sobre a superfície do Cometa Temple-1, um bólide de cobre que projectou uma núvem de material capaz de, após análise à composição do espectro luminoso, permitir um conhecimento maior da génese do nosso Sistema
Solar.
Entretanto, têm os média dado pouca e nada desenvolvida informação sobre a Missão Hayabusa, lançada pela Agência Espacial do Japão – JAXA, em Maio de 2003, para exploração do Asteróide Itokawa, tão distante da Terra como 291 milhões de quilómetros.
Esta missão alia a experimentação tecnológica de propulsão por motor eléctrico à navegação autónoma, com a robotização de explorador e imagem, num conceito de baixo custo e inovação para mapeamento, recolha de amostras e retorno das mesmas à Terra, a acontecer no Verão de 2007 no deserto australiano .
Desde Setembro a orbitar o Itokawa a uma distância inferior a 20km, a Hayabusa tem enviado um conjunto de imagens realmente deslumbrantes de detalhe.
Entretanto, hoje seria o dia espacial em que a missão iria ensaiar o sobrevoo do asteróide para posterior lançamento do explorador e disparo do projéctil que fará com que o material “caia”, ou “entre”, na chaminé de recolha.
Foi, contudo, adiada devido a um alerta surgido imediatamente antes da manobra se iniciar.
A habitual impenetrabilidade japonesa disse isto e que o ensaio ficou adiado.
Sem mais.