quarta-feira, 21 de abril de 2004

Astrofotografia Digital

A obtenção de imagens de objectos celestes tem vindo a sofrer desde há menos de uma dezena de anos de uma entusiasmante “apropriação” por parte dos Astrónomos Amadores.

De facto, com a evolução dos processos de aquisição electrónica de imagem através de CCD ou do vídeo digital, aquilo que dantes era um instrumento de trabalho específico, e de custo extraordinariamente elevado, para Astrónomos Profissionais, passou para a esfera dos “Amadores” como ferramenta de estudo e análise, mas também de gratificante prazer para os olhos.

Com a evolução tecnológica da imagem digital, seu processamento e entrada no mercado com opcções de compra acessíveis ou relativamente acessíveis, é hoje possível a qualquer interessado na actividade astronómica recolher, processar e catalogar imagens dos objectos astronómicos mais espantosos e maravilhosos.

Foi, então, com naturalidade que iniciei uma apreciação das diferentes opções de equipamento de captura e seus acessórios, as aplicações informáticas de captura, processamento e edição de imagens associadas

Este artigo, e outros que seguirão sobre o mesmo tema, pretende, antes de tudo, sedimentar as experiências que fui recolhendo.
Se servir a mais alguém ... fico satisfeito por isso.

terça-feira, 13 de abril de 2004

Terra Brigantina

Aproveitamos o fim de semana pascal para visitar o Parque de Montesinho e as Terras Frias de Bragança.
Com o pensamento no descanso e na sensação rejuvenescedora de contactar de perto com a Natureza mais silvestre, a zona oferece um conjunto de motivos aliciantes: gastronomia, ar puro, horizontes desimpedidos, fauna e flora bravia, paisagens de encher o olho e céus limpos de poluição luminosa.
Tivemos sorte pois a atmosfera estava limpa e estável, poucas núvens espessas, altas e esparsas, uma Lua a nascer tarde.
Claro que depois das alheiras e das linguiças, do bacalhau com batatas a murro e da posta na brasa, mais a doçaria a preceito, naturalmente regadas com o tinto da região, a vontade para observar não era muita, mas o luzeiro com que o Céu se enchia pedia que lhe dessemos uma oportunidade.
Levei os meus binóculos e a máquina fotográfica.
A magnitude estaria nos 5 a 6 e a transparência era boa. Céu melhor do que este só lá para o Alentejo interior.
Começamos de Oeste por olhar Vénus enquadrado pelas Pleiades e pelo fraquinho Marte. Aldebaran, o vermelhusco Olho do Touro passava de um planeta para outro enquanto procurava sobressair de entre as Hyades. Como tinha os binóculos ali à mão sempre me fizeram jeito na observação mais detalhada deste Enxame Aberto.
Aos pés dos Gémeos, Saturno jogava o seu esplendor. Fiquei compena de não ter trazido o meu LX, com os binóculos não é bem a mesma coisa.
Enquanto me afastava do encanto dos anéis, só subentendidos, cumprimentei Pollux e Castor, e procurando manter-me no plano da eclíptica acabei encontrando M44.
Muitas vezes tenho sentido as dificuldades da observação num céu citadino, mas elas só são totalmente compreendidas quando estamos debaixo de um céu como este!
Mais à frente Regulus, a estrela mais brilhante da Constelação de Leão.
Esta estrela dupla antecedeu a chegada do grande Jupiter entre as patas do Leão.

Todo o Céu e mais algum!

Já tarde, nem sei que horas seriam mas a Lua estava alta, o Escorpião começava a espreitar ...

 
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