terça-feira, 12 de julho de 2005

Pação 20050702


O relato da observação a seguir descrita foi realizado no passado dia 2 de Julho, entre as 10H45 e a 01H45 do dia seguinte.

Devo dizer que o LX90 continua a surpreender-me e se esquecer algumas questões, principalmente a perda de algum contraste e um sistema de focagem um pouco “trambolho”, penso ter recebido um instrumento com umas ópticas razoáveis e um amigável GOTO, que deixa os objectos bem dentro do campo das oculares de média potência.
O alinhamento é fundamental e no futuro tentarei ir mais longe realizando-o com oculares de maior amplificação.

Da próxima vez preciso também de o colimar …. ;-)

Bom, às 23H07 Júpiter ainda estava bem alto no quadrante oeste e era minha intenção fazer uma pequena sessão de recolha de imagens, só que o Zeus dos planetas exteriores
Já se encontrava sobre o telhado da casa e, tendo sido um dia de trinta e tais graus, todo o calor que as telhas libertavam borraram a pintura toda. Ficará para outra altura.
O que não fica para outra altura foi o facto de ter observado uma curiosa disposição dos satélites de Júpiter: as 4 luas maiores mostravam-se bem, 2 para cada lado do maior planeta, mas enquanto Io e Calisto, de um lado, se encontravam bem afastados entre si, do outro lado, Europa sobreponha-se de muito perto a Ganymedes.
Uma visão muito interessante.
E como o resultado da minha projectada sessão fotográfica não melhorava dediquei-me ao céu profundo.

Apreciei a diferença de magnitude entre 2 Enxames Globulares, M12 e M10, ambos na Constelação de Ofiúco.
Depois, com a ocular de 15mm, M14, ainda em Ofiúco foi o próximo objecto, mudei para a ocular de 26mm, com uma amplificação menor (cerca de 77x no LX90) e, este glóbulo de luz difusa em Ofíuco tornou-se, naturalmente, mais compacto.
Para mim M11 não é o pato selvagem que dizem ser … tenho sempre uma grande dificuldade em “ver” a maioria das figurações que os objectos do céu parecem projectar na mente dos humanos. Este enxame aberto, colocado na mira do meu telescópio apresentou-se muito bonito na forma dispersa como dispõe as suas inúmeras estrelas. Tentei melhorar o detalhe, passei para a ocular de 15mm (133x) e consegui descortinar uma estrela central com uma magnitude superior às circunstantes. Deixei a Constelação do Escudo e fui a M31. “Como será nestes céus do Alto Minho?”
Contudo, às 00H55 ainda estava a sofrer a influência da poluição luminosa da pequena cidade próxima. Ainda rosquei o filtro Skyglow da Orion mas não melhorou o suficiente. Fica para outra vez …

À 01h00 surge o esplendor de M13, na Constelação de Hércules. Milhões e Milhões de estrelas!
Para variar um pouco visitei Albireo, Alpheratz e Veja. E já que cirandava pela Constelação de Lira voltei a M57 e a outra nebulosa planetária, M27, na Constelação da Raposa. A forma com que esta nebulosa se apresenta faz-me lembrar um laçarote.
Outros objectos observados, M15, M16, M17, M20, M22, encerraram a noite.

domingo, 10 de julho de 2005

Estrelas no Iogurte

Hoje, quando cheguei a casa, li o seguinte na tampa de um iogurte colado aos azulejos da cozinha.

"Nem todas as estrelas estão no céu. Tu estás aqui!"

Aqui há uns anos achava que isto seria premonitório ou teria uma segunda intenção.
Pelo menos, seria estranho.

Hoje, quando cheguei a casa, há uma tampa de iogurte colada aos azulejos da cozinha.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Portugueses na Sky & Telescope - Parte II


Uma das notícias agradáveis da edição de Julho da S&T, foi a inclusão de artigos dedicados a 3 Astrónomos Amadores Portugueses.
Na entrada do dia XXXX, já falamos sobre a recensão à edição em Língua Inglesa do Livro de Guilherme de Almeida “Roteiro do Céu”, hoje vamos dar conta do trabalho do Filipe Alves e do Hugo Valentim.

O Hugo mantém há muitos anos o Astrotips, um sítio
aonde é possível encontrar muito software dedicado à Astronomia.
Planetários, Simuladores, Blocos de Notas especializados, Calculadoras de Efemérides, Jogos, etc. etc., freeware, shareware ou versões de demonstração, tudo, ou quase tudo está lá, é só necessário ir e procurar.
A dificuldade às vezes está na escolha, mas também para isso é que existem os diferentes fóruns associados.
A S&T refere-se ao Astrotips elogiando a constante actualização da base de dados, mas também a uma inegável falta de participação nos diferentes fóruns e também no diminuto número de comentários dos utilizadores e valorização de cada um dos programas disponibilizados. Apesar disso, é um sítio que visito com regularidade e do qual retiro alguns programas que experimento ou uso nas minhas observações.

Com um artigo de 3 páginas e, como é habitual na S&T preenchido com inúmeras fotografias de boa dimensão, soubemos como o Filipe Alves, usou programas de processamento de imagem com o Adobe Photoshop e coloriu a Lua.
O efeito final do trabalho de processamento explicado, permite a localização de zonas da superfície lunar onde a cor da foto está associada à predominância deste ou daquele elemento químico.


 
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