quinta-feira, 30 de junho de 2005

Portugueses na Sky & Telescope - Parte I



Na revista de Astronomia Amadora Norte-Americana Sky&Telescope do mês de Julho, dá-se divulgação ao trabalho de 3 portugueses!
Mas, afinal, o que se passa?
Simples. Somos como os outros. Entre nós, desde os amadores aos profissionais, e em qualquer área de actividade, há gente de valor e de muito valor, sendo por isso natural que se lhes dê a visibilidade que merecem.
Quer isto dizer que ainda não demos prioridade à questão de nos tornarmos visíveis para nós mesmos. Todos.
Chegará o seu tempo e cada vez mais estaremos mais próximos desse objectivo.

O livro de Guilherme de Almeida, “Roteiro do Céu”, que recebe neste número da S&T comentários interessantes, e que podendo ser encontrado na edição portuguesa da Plátano, Edição Técnicas, foi traduzido para o Inglês e posto à venda em 2004 pela Springer, tem crítica da autoria de Joshua Roth.
Considerando o livro muito detalhado e caro (!), o JR estabelece comparações com um outro livro, mas ambos com o mesmo tema da apresentação e observação do céu a iniciados.
Alguns aspectos da crítica, nomeadamente aqueles que decorrem da opção de GA ter incluído vários temas e alargado a observação a um conhecimento um pouco mais profundo e substancial do conhecimento astronómico, pareceram-me aferidas pelo hábito norte-americano de tudo se simplificar, ou reduzir, às coisas do conhecimento imediato e direccionado, pois diz ele que: se o objectivo de GA seria o da observação dos céus, do conhecimento dos mapas celestes e da navegação visual pelo Universo, então não se deveriam incluir neste livro questões como o nascimento das estrelas, a razão para as suas cores e massa, etc., e os mapas de orientação celestes deveriam ter “menos estrelas” para se tornarem mais acessíveis e fáceis de seguir. Esta é a perspectiva americana, norte-americana, e que não tem paralelo na Cultura Europeia. Para o bem e para o mal …
Devo dizer que me agrada este livro de Guilherme de Almeida, este e os outros que tem vindo a publicar ao longo dos anos, e que merecem, de facto, relevo pela acessibilidade e pela divulgação, sem as habituais concessões ao corriqueiro e redutor, nem, tão pouco, ao vocábulo redondo a que nos habituaram alguns “doutos” que também se atreveram a editar obras sobre astronomia, e outras temáticas, só vagamente populares e acessíveis.

Reconheça-se também o trabalho de GA na divulgação popular da Astronomia enquanto ciência e cultura. Em Português.

segunda-feira, 13 de junho de 2005

Astromira - Parte II



Constelações do Sagitário, Escorpião e ainda partes de Ofiúco e Serpente




Nebulosa da Bifana

terça-feira, 7 de junho de 2005

Astromira - Parte I




Praia de Mira

Tal como noticiado anteriormente, assim aconteceu o ASTROMIRA de 2005, e no fim de semana passado, em companhia do Nuno Coimbra , estivemos em Mira.
A habitual animação destes eventos, localizados e/ou regionais, ou mesmo até nacionais, nunca é, de facto, muita.
Apesar do esforço de quem os organiza, e de quem lhes dá apoio, por maior que seja a propaganda em torno destes eventos, o cidadão teima em não aparecer.
E quanto à participação da população discente ... já todos sabemos como é durante o período "obrigatório" de aulas, quanto mais ao sábado de tarde!
Registe-se que às Palestras, ver os temas editados anteriormente, alguns jovens ainda marcaram presença. Depois aproximou-se a hora do Portugal-Eslováquia, e com o tempo os lugares e a presença foi-se reduzindo.
Acabam sempre, contudo, por ficar os astrónomos amadores, muitos deles vindos de muito longe, como foi o caso do Acácio Lobo, que aqui e ali participando em todas as actividades propostas, acabam sempre por se reunir mais em torno dos tubos ópticos e das lojas de artigos especializados ou, já para amena cavaqueira, à volta da barraca das bifanas e das cervejas.
Para além do esforço da organização, que será medido por critérios que para aqui não interessam ao caso, gostava também de referir um aspecto importante destas reuniões abertas: o contacto que aos forasteiros lhes é proporcionado sobre os aspectos culturais locais.
No final das palestras, e depois de umas observações do Sol no telescópio do Observatório Astronómico de Mira, favoreceu-nos a Organização com um passeio pelas redondezas com o acompanhamento esclarecedor de elementos da Associação dos Amigos dos Moinhos e Ambiente da Região da Gândara.

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Moínhos de Ródízio

Foi um pequeno passeio pelos caminhos das Lagoa de Mira, pelos Moínhos de Rodízio, pelas Valas da Cana e do Regente do Rei, mas foi também um olhar envergonhado pelas atrocidades que continuamos a cometer: lixo de construção civil na borda dos cursos de água, pneus entre os jacintos invasores, casas do "novo riquismo" português a abrir feridas na paisagem arquitectónica tradicional dos Palheiros.
Foi também bom ver que os patos bravos têm voltado sempre e a águia-pesqueira por lá se mantêm.



Patos na Lagoa

 
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